sábado, 24 de agosto de 2019

Pós-Crítica, 10 Anos: meu Devir Estudante-Pesquisadora

Elizia de Souza Alcântara
(Mestra em Crítica Cultural/UNEB;
Doutoranda em Cultura e Arte/IHAC/Programa Multidisciplinar/UFBA)


Minhas Andanças! [Um Memorial em Quadrinhos]







Pós-Crítica, 10 Anos: meu Devir Estudante-Pesquisadora

Elizia de Souza Alcântara
(Mestra em Crítica Cultural/UNEB;
Doutoranda em Cultura e Arte/IHAC/Programa Multidisciplinar/UFBA)


Porque escrever é já organizar o mundo, é já pensar...
É, pois, inútil pedir ao outro que se re-escreva,
se não está disposto a re-pensar-se” (Roland Barthes).


Abro o meu texto com o memorial apresentado ao Programa Multidisciplinar de Pós-Graduação em Cultura e Sociedade/IHAC/UFBA na qualificação do doutorado ocorrida em 8 de dezembro de 2018. Nas minhas memórias afetivas, a Universidade Estadual da Bahia (UNEB) sempre esteve presente e, especificamente no mestrado em Crítica Cultural, construí novas andanças, experimentei (re)encontros, (des)montei concepções, operei com releituras, potencializei o que estava “adormecido” (o desejo de (re)viver a universidade, de voltar a ler, escrever, problematizar, “desconfiar” das cenas contemporâneas, etc.) e, assim, o meu devir estudante-pesquisadora tomou fôlego, intensificou-se. Por isso, tenho orgulho (em tempos difíceis, de precariedade da vida e das barbáries) de afirmar: sou unebiana! Sou pós-crítica! Sou devires!

A emoção toma conta de mim. As vivências. Os encontros. Os conflitos. Os medos. Os desafios. As conquistas. Passa um filme na minha cabeça. Cenas marcantes. Inesquecíveis. Potentes. Pulsantes. Algumas delas, aqui, testemunhas do que foi (con)viver na comunidade pós-crítica.

Cena 1: Já tinha concluído a especialização em Estudos Literários e, por algumas vezes, visitava o Campus da UNEB, em Alagoinhas. Numa dessas visitas, reencontro Osmar (o “cara” que me motivou, me “desorientou”) e ele diz? O que tem feito? Repondo: dando aula (em Pojuca e na rede estadual) e também atuando como coordenadora sindical (APLB/núcleo). Por que não vem fazer o mestrado em Crítica Cultural? O movimento sindical é uma possibilidade de investigação acadêmica. Daí, a ideia/sugestão ficou “martelando” por muito tempo. Até que disse: vou tentar... Não enveredei pelo movimento sindical. Abracei o estudo e a análise dos Quadrinhos (Nona Arte). Devir mestra, presente!

Cena 2: Como aluna especial, tive o prazer (que prazer!!!) de reencontrar Jailma e conhecer Anória (presente de afeto e acolhimento!). O abraçamento nos encontros com Jailma me rendeu um crescimento fantástico! De saberes. De motivação. De afirmação da vida. De nada adianta re(x)istir e “perder” o afeto. É reexistir com afetos, mesmo que uns não queiram. E Anória? Minha e nossa Anória! No Seminário Interlinhas, ouvi dela: “pesquisar não é procurar cabelo em ovo”... E foi depois dessa fala que “nasceu” o meu problema de pesquisa. Obrigada, Jailma! Obrigada, Anória! Devir pesquisadora, presente!

Cena 3: A acolhida da minha turma de 2013. Cheguei ao mestrado com algumas dificuldades (fiquei um bom tempo afastada do ambiente acadêmico e das propostas de produção textual) e, para experimentar o período de creditação dos componentes curriculares, tive parcerias decisivas, como as presenças das amigas Evanildes e Gislene. Sim! Elas verdadeiramente me “adotaram” durante todo o curso! Estudávamos juntas. Trocávamos dúvidas. Pesquisávamos. Uma acolhia a outra em todos os momentos (nos conflitos também!!!). Artigo. Resumo. Resumo expandido. Regras da ABNT. Estrutura da dissertação… Da teoria à escuta sensível! Amizades no Pós-Crítica, presenças! A todos e todas: valeu!!!! Obrigada!

Cena 3: Minhas professoras, meus professores do Pós-Crítica: parcelas de saberes, de responsabilidade social, de resistência, de lutas que trago comigo nos espaços públicos e/ou privados por onde transito. Obrigada! Arivaldo Lima: seriedade e compromisso. Carlos Magno: festa de saberes e motivação. José Carlos Félix: sensibilidade e segurança. Paulo César Garcia: desafios e responsabilidade. Washington Drummond: enfrentamentos e resistências. Roberto Seidel (professor e orientador): leveza e calmaria. Edil Costa (no papel de coordenadora ): coragem e compromisso. Osmar Moreira: (des)orientador e revolução. Os rizomas do fazer acadêmico, presentes! Presenças!

Cena 4: Secretaria do Pós-Crítica, funcionárias e funcionários: colaboradores sérios e comprometidos. Obrigada, a todos, todas!!! Ad (Adnailsa): sensibilidade e acolhimento. Maiara: alegrias e solidariedade. Bruna: afetos e disponibilidade. Apoiadores e apoiadoras do Pós-Crítica, presenças!

Minha cenas agora:
Universidade Federal da Bahia: encontro-me na fase da pesquisa orientada. Mantenho o mesmo objeto de pesquisa do mestrado em Crítica Cultural: a Turma do Xaxado, do nosso quadrinista Antonio Cedraz com o seguinte título: Da gramática dos quadrinhos à performance poética de Antonio Cedraz: narrativas, vozes e discursos. Defesa final prevista para o dia 4 de julho de 2020.
Rede Municipal de Ensino Pojuca/Bahia: em licença para curso de pós-graduação.
Rede Estadual de Ensino /Pojuca/Bahia: com carga horária de 20 horas, trabalho com turmas de Ensino Médio, nos componentes curriculares: Língua Portuguesa, Práticas Integradoras e Sociologia.

Na vida:
Repensando-me.
Reescrevendo-me.
Obrigada, Pós-Crítica!


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