segunda-feira, 2 de setembro de 2019

Crítica Cultural é Potência


Crítica Cultural é Potência

Taise Campos dos Santos Pinheiro de Souza
(Mestra em Crítica Cultural/UNEB)


Potência! Esta palavra traduz bem o que o curso de Crítica Cultural significa para mim.

Potência de existir, resistir e de criar…

Criar possibilidades, já que o conhecimento, como aprendi, especialmente através da minha estimada orientadora Jailma Moreira, acontece em meio ao devir, à ambivalência, à terceira margem do rio…

Potência de resistir a interdições e silenciamentos de seres e saberes, como os das escritoras negras, sujeitos de pesquisas, produtoras de discursos…

E potência de existir na singularidade e na diversidade que há em cada ser, que há em mim. No Crítica Cultural descobri a força, a capacidade que me são companheiras, mas que, às vezes, se escondem em meio à timidez; entretanto, ela, a potência, continua ali.

O Pós-Crítica me ensinou que não há paradigmas que não possam ser questionados, desestabilizados. Que o conhecimento não é neutro, mas pode e deve ser politizado.

Ser Crítica Cultural implica em se trabalhar no campo da discursividade de forma produtiva, plurissignificativa, potencializando a literatura, a cultura, as políticas, o texto, a vida e seus contextos, por meio de seus signos e significantes, de suas múltiplas possibilidades de construção, interpretação e ação.

O Pós-Crítica é rizomático, tecido por pontos diferenciais que, apesar de suas singularidades, se tocam, se entrelaçam, formando uma rede de múltiplas possibilidades discursivas e de complexas, belas e intensas relações.

O Crítica Cultural abarca a propriedade do deslocamento, do não fixo, por uma estrutura sempre em movimento, que retalha e, ao mesmo tempo, costura em outros pontos, em identidades e alteridades outras, pensando novas configurações sociais, culturais que abarcam diferentes vozes, formas de subjetividades e modos de produção.

O Crítica Cultural envolve a politização de cada sujeito, de cada coletivo, a emancipação de existências que constroem e reconstroem as malhas da sociedade e da cultura. O Crítica Cultural, em si mesmo, é trabalho, é luta, é vida, é conhecimento, é potência pura!


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